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Sabado, 14 de Junho de 2025
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Banco Central testa integração do DREX com outras redes 6v3c2d

Operação marca avanço importante para a interoperabilidade entre o real digital e blockchains públicas como Ethereum e XRPL 1l1l2a

Redação
Por Redação
Banco Central testa integração do DREX com outras redes
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Em parceria com a Fenasbac, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Polkadot e a Ripple, o Banco Central do Brasil alcançou um avanço significativo no desenvolvimento de soluções para a interoperabilidade entre diferentes blockchains. Esse progresso foi viabilizado por meio do LIFT Learning, um laboratório que reúne instituições financeiras, fintechs e universidades com o objetivo de fomentar a inovação no Sistema Financeiro Nacional (SFN). 6z2a6r

Danielle Teixeira, Líder de Inovação Aberta da Fenasbac, explica que, com a expansão das aplicações baseadas em blockchain, a interoperabilidade entre diferentes redes tornou-se um dos principais desafios para o avanço das soluções descentralizadas.

Segundo a especialista, hoje, a maioria das blockchains opera de forma isolada, com regras e estruturas próprias, o que dificulta a comunicação e a realização de transações entre plataformas distintas. “Além disso, os recursos existentes para conectar essas redes — como as bridges — costumam ser alvos frequentes de ataques. Em 2022, mais de US$ 2 bilhões foram perdidos devido a falhas e exploração de vulnerabilidades nesses mecanismos”, detalha.

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No caso do DREX, conforme explica Danielle, o caráter fechado e com o da rede impõe desafios adicionais à integração com outras blockchains, sejam elas públicas ou privadas. Ela ressalta que o LIFT Learning busca justamente enfrentar esse obstáculo, permitindo que o DREX se conecte de forma direta, segura e eficiente com redes como Ethereum, Bitcoin, Polkadot e XRPL, sem a necessidade de intermediários.

“Hoje, a grande questão que paira sobre o DREX é relacionada a privacidade e segurança. A próxima grande questão também será sobre segurança, mas no contexto da interoperabilidade entre redes. A interoperabilidade está diretamente relacionada à componibilidade, que é um dos pilares do desenho do DREX. O marco que alcançamos no LIFT Learning é um o fundamental para a viabilização do ecossistema DREX no futuro em todo o seu potencial”, explica.

Avanço técnico e próxima etapa

De acordo com Danielle, em fevereiro deste ano, o projeto registrou um avanço técnico relevante: foi realizada com sucesso uma transação atômica entre uma rede experimental do DREX, desenvolvida pela UFRJ, e a testnet Moonbeam — uma parachain compatível com EVM dentro do ecossistema Polkadot. Após o avanço, também foi testada uma transação na testnet da XRPL.

“A operação consistiu na troca direta de um token similar ao DREX por um ativo digital da Moonbeam, sem a necessidade de intermediários. Também foi validada a integração com a rede XRPL, ampliando ainda mais o potencial de interoperabilidade entre diferentes blockchains”, informa.

A interoperabilidade é um dos pilares do chamado “trilema das blockchains”, que também inclui a descentralização e a escalabilidade. No contexto do DREX, a capacidade de se conectar com outras redes é essencial para expandir suas aplicações e permitir o desenvolvimento de serviços financeiros descentralizados e inovadores, conforme explica a líder de projetos da Fenasbac.

“Ao permitir interações diretas entre sistemas distintos, a interoperabilidade contribui para a redução da dependência de intermediários, corta custos operacionais e fortalece a segurança, prevenindo riscos como o gasto duplo (double spending)”, ressalta.

De acordo com a profissional, existem três principais benefícios da interoperabilidade, sendo eles:

Transações em tempo real: Instituições financeiras participantes do DREX podem realizar transações entre redes (cross-chain) com qualquer token ou criptoativo externo ao DREX, em tempo real, de forma confiável e sem intermediários.

Validação de informações: É possível validar o status e outras informações em redes externas, possibilitando a componibilidade entre smart contracts de blockchains diferentes.

Segurança: A solução desenvolvida pelo LIFT Learning foi concebida para diminuir a superficie de ataques, já que a arquitetura da solução não envolve atores externos e outros layers (outras camadas ou outras blockchains).

Com os testes bem-sucedidos na Polkadot e na XRPL, o projeto avançou para sua conclusão e foi apresentado durante o evento LIFT Day, no último dia 30 de abril. A pesquisa está disponível na íntegra na revista LIFT Papers, e seus resultados são Open Source, podendo ser ados pela sociedade. “O LIFT Learning está pavimentando o caminho para um ecossistema financeiro mais integrado, seguro e inovador, contribuindo para o fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional e a modernização da economia brasileira. A ideia agora é que as empresas e a sociedade possam utilizar os códigos e aprendizados do projeto para criarem soluções e retroalimentarem o modelo”, conclui Danielle.

Para mais informações, basta ar: https://ifenasbac.com.br/blog/ 

FONTE/CRÉDITOS: DINO
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